A obesidade nas crianças e adolescentes é uma séria questão com consequências na saúde física, emocional e na vida social dos jovens e pode persistir até a vida adulta. A implementação de programas de prevenção e a melhor compreensão do problema é importante para o controle da epidemia de obesidade.
Muitos pais estão corretos em se preocupar com o peso de seus filhos e com as consequências que este possa ter. Procuram respostas específicas e opções de tratamento, entretanto, ficam ainda muitas dúvidas.
Será que as crianças estão preocupadas com o seu peso? Quais são as melhores estratégias de prevenção? Quais os tipos de tratamento que melhor funcionam ao longo do tempo? Nas situações em que existe o sério risco à saúde aliado a questões psicológicas e sociais, os pais não devem hesitar em procurar ajuda profissional.
O termo obesidade infantil se refere tanto às crianças quanto aos adolescentes. Em geral, o termo criança se refere à faixa etária de 6 a 11 anos e adolescentes de 12 a 17 anos.
Causas
Existem muitos fatores que contribuem para a obesidade infantil, alguns deles podem ser modificados, outros não:
Causas passíveis de modificação
• Nível de atividade física – falta de exercícios regulares;
• Comportamento sedentário – muitas horas na frente da televisão e do computador;
• Status socioeconômico – baixa renda familiar e desemprego dos pais;
• Hábitos alimentares – consumo exagerado de alimentos altamente calóricos, alguns pais associam o comportamento de comer quando não se está com fome, por exemplo, ao assistir TV ou fazer tarefa de casa;
• Ambiente – muita exposição à propaganda de comidas e falta de oportunidade de lazer.
Fatores não passíveis de alteração:
• Genética – maior risco de obesidade é encontrada em crianças que têm pais obesos ou com sobrepeso.
Tratamento
Um dos principais desafios no tratamento das crianças e adolescentes obesos é a sensibilidade dos pais e dos profissionais de saúde em conseguirem focalizar os aspectos positivos. Pequenas conquistas na perda de peso devem ser valorizadas para evitar a desesperança e promover o retorno ao processo normal de crescimento.
O envolvimento de toda a família é também um fator motivador. Os programas que envolvem tanto os pais como as crianças têm demonstrado melhor efetividade a longo prazo, quando comparados com os programas que envolvem somente as crianças.
Uma vez identificada a necessidade de tratamento para obesidade infantil, o seu médico poderá sugerir opções que incluem, desde as mudanças de hábitos familiares de alimentação e de atividade física, passando pela indicação de acompanhamento emocional e orientação dos pais, assim como o tratamento medicamentoso em algumas situações.
Esta texto foi traduzido e adaptado pela Plenamente do site: www.obesity.org